Avaliação: Ferrari F12 Berlinetta 2013
O cupê mais veloz da história da marca pode ser personalizado – no visual e na perfomance.
Qual é o seu estilo? Jeans despojado? Esportivo de competição? Clássico? Para a Ferrari, o perfil dos consumidores agora está importando menos. Ela quer todos.
Para isso, criou até uma sala especial junto à linha de montagem de seus bólidos, em Maranello. Deu a ela o nome de Talor Made, um espaço descolado que reúne referências em material de acabamento, texturas, tecidos, cores, madeiras e até carretéis de linha. São três temas: scuderia, classica e inedita. Lembra mesmo o atelier de um alfaiate: há grandes gavetas com amostras de material. Você pode sair de lá com sua Ferrari encomendada com revestimento interno de jeans.
A sala foi escolhida também para a apresentação da nova F12 Berlinetta. Apresentação? Melhor falar em aula de engenharia, um revezamento de profissionais capaz de fazer o tempo passar rápido para qualquer pessoa minimamente interessada em carros e motores.
Isso porque a Ferrari quer que as pessoas comprem seus carros sem receio de ser dominadas por sua potência. No caso do novo cupê, 740 cavalos, com torque de 70,3 quilos. A F12 chega para substituir a 599 GTB Fiorano 70 kg mais leve, 5 cm mais curta, 2 cm mais estreita e 6 cm mais baixa.
- Temos visto os carros ficando maiores e mais pesados e não queríamos isso no nosso. Reduzir peso permite reduzir inércia, diz Franco Cimatti, responsável pela arquitetura da F12.
A Ferrari quer aumentar a performance, e também o número de clientes. Toda a produção do primeiro ano da F12 (800 carros) está vendida? Não importa! Que venham mais interessados, o que aumenta o prestígio da marca e, claro, o faturamento.
E de onde vêm esses novos clientes? De quem hoje não se julga capaz de domar um motor V12. A argumentação começa pelo uso prático no dia-a-dia: o porta-malas é maior do que o de muitos compactos; são 320 litros que em segundos podem ser expandidos para 500.
Muito bom, dá para jogar o material de tênis saindo da quadra e passar pelo supermercado. Mas e se a cavalaria desembesta? Isso só ocorre se você quiser, garante a Ferrari.
Para isso, transformou o novo cupê en "um avião". No desafio de se superar em estilo, a empresa juntou especialistas em aerodinâmica ao seu time de designers. O resultado foi o Aero Bridge, que canaliza a passagem do ar sobre as superfícies do carro para melhorar o fluxo aerodinâmico e a aderência ao solo. Fala-sem em 123 kg de downforce sobre o capô; eram 70 kg na GT. E downforce se traduz em carro mais na mão.
Além de lugar para apenas duas pessoas, o interior da F12 não traz surpresas para quem convive com carros da marca. O acabamento geral é de alto padrão, as saídas de ar lembram muito as do Mercedes-Benz SLS e há cabeças de parafusos aparentes na base dos bancos (a Ferrari havia avisado que os carros do test drive eram pré-série).
O motorista se acomoda diante do painel em que o grande conta-giros se destaca. Embora pareça ter saído diretamente de um carro de competição, o volante traz botões para acionamento dos piscas. Para acesso às informações e comandos principais o condutor não precisa tirar as mãos da direção. Destaque para o grande botão vermelho de ignição e para o Manettino, que oferece opções de performance.
Três botões no console central permitem escolher o Drive, a Ré e o Launch, que administra eletronicamente largadas fortes. Puxe a grande borboleta da direita para engatar a primeira das sete marchas (a da esquerda reduz) e vamos embora. A transmissão automática tem sete marchas e dupla embreagem.
Qual é o seu estilo? Jeans despojado? Esportivo de competição? Clássico? Para a Ferrari, o perfil dos consumidores agora está importando menos. Ela quer todos.
Para isso, criou até uma sala especial junto à linha de montagem de seus bólidos, em Maranello. Deu a ela o nome de Talor Made, um espaço descolado que reúne referências em material de acabamento, texturas, tecidos, cores, madeiras e até carretéis de linha. São três temas: scuderia, classica e inedita. Lembra mesmo o atelier de um alfaiate: há grandes gavetas com amostras de material. Você pode sair de lá com sua Ferrari encomendada com revestimento interno de jeans.
A sala foi escolhida também para a apresentação da nova F12 Berlinetta. Apresentação? Melhor falar em aula de engenharia, um revezamento de profissionais capaz de fazer o tempo passar rápido para qualquer pessoa minimamente interessada em carros e motores.
Isso porque a Ferrari quer que as pessoas comprem seus carros sem receio de ser dominadas por sua potência. No caso do novo cupê, 740 cavalos, com torque de 70,3 quilos. A F12 chega para substituir a 599 GTB Fiorano 70 kg mais leve, 5 cm mais curta, 2 cm mais estreita e 6 cm mais baixa.
- Temos visto os carros ficando maiores e mais pesados e não queríamos isso no nosso. Reduzir peso permite reduzir inércia, diz Franco Cimatti, responsável pela arquitetura da F12.
A Ferrari quer aumentar a performance, e também o número de clientes. Toda a produção do primeiro ano da F12 (800 carros) está vendida? Não importa! Que venham mais interessados, o que aumenta o prestígio da marca e, claro, o faturamento.
E de onde vêm esses novos clientes? De quem hoje não se julga capaz de domar um motor V12. A argumentação começa pelo uso prático no dia-a-dia: o porta-malas é maior do que o de muitos compactos; são 320 litros que em segundos podem ser expandidos para 500.
Muito bom, dá para jogar o material de tênis saindo da quadra e passar pelo supermercado. Mas e se a cavalaria desembesta? Isso só ocorre se você quiser, garante a Ferrari.
Para isso, transformou o novo cupê en "um avião". No desafio de se superar em estilo, a empresa juntou especialistas em aerodinâmica ao seu time de designers. O resultado foi o Aero Bridge, que canaliza a passagem do ar sobre as superfícies do carro para melhorar o fluxo aerodinâmico e a aderência ao solo. Fala-sem em 123 kg de downforce sobre o capô; eram 70 kg na GT. E downforce se traduz em carro mais na mão.
Pesquisas da Ferrari indicam que 60% de seus clientes usam o carro freqüentemente, ao menos no fim de semana, e na estrada. Só 20% usam o carro diariamente. A empresa quer o motorista “comum”, e o trecho de avaliação ainda em Maranello permitiu constatar que é possível tocar a F12 com suavidade. Inevitável que, mesmo na cidade sede da marca, a frente do carro raspe ao passar por obstáculos em travessia de pedestres. E quem tem dois filhos só vai poder levar um por vez para a escola.
Além de lugar para apenas duas pessoas, o interior da F12 não traz surpresas para quem convive com carros da marca. O acabamento geral é de alto padrão, as saídas de ar lembram muito as do Mercedes-Benz SLS e há cabeças de parafusos aparentes na base dos bancos (a Ferrari havia avisado que os carros do test drive eram pré-série).
O motorista se acomoda diante do painel em que o grande conta-giros se destaca. Embora pareça ter saído diretamente de um carro de competição, o volante traz botões para acionamento dos piscas. Para acesso às informações e comandos principais o condutor não precisa tirar as mãos da direção. Destaque para o grande botão vermelho de ignição e para o Manettino, que oferece opções de performance.
Três botões no console central permitem escolher o Drive, a Ré e o Launch, que administra eletronicamente largadas fortes. Puxe a grande borboleta da direita para engatar a primeira das sete marchas (a da esquerda reduz) e vamos embora. A transmissão automática tem sete marchas e dupla embreagem.
Na estrada, o alto poder de fogo da nova geração de superesportivos V12 da Ferrari vai se revelando. A resposta ao acelerador é milimetricamente precisa. As afirmações de Jean Jacques His, líder da equipe de desenvolvimento de motores da marca, começam a se confirmar: o torque é alto em qualquer rotação, e 80% da força máxima estão disponíveis a partir de 2.500 rpm: "É muito melhor do que um turbo da concorrência porque não tem o turbo lag", garante ele.
E o carro confirma. Com o motor rugindo à frente do seu nariz, o mais pacato motorista é convidado a pilotar. Há força em baixas rotações, mas as emoções mais fortes estão reservadas para os giros mais altos. 6 mil, 7 mil, 8 mil rpm, 100 km/h, 150 km/h, 200 km/h! A impressão é de que o motor não acaba. Mas as retas sim. Caso contrário, afirma a Ferrari é possível chegar aos 340 km/h de velocidade maxima. O 0 a 100 km/h ocorre em 3,1 segundos e o carro chega a 200 km/h em 8,5 s.
E o carro confirma. Com o motor rugindo à frente do seu nariz, o mais pacato motorista é convidado a pilotar. Há força em baixas rotações, mas as emoções mais fortes estão reservadas para os giros mais altos. 6 mil, 7 mil, 8 mil rpm, 100 km/h, 150 km/h, 200 km/h! A impressão é de que o motor não acaba. Mas as retas sim. Caso contrário, afirma a Ferrari é possível chegar aos 340 km/h de velocidade maxima. O 0 a 100 km/h ocorre em 3,1 segundos e o carro chega a 200 km/h em 8,5 s.
Se a combinação de motor dianteiro e tração traseira despertou dúvidas, acelerar a fazer curvas com a F12 acaba com elas. A distribuição de peso quase por igual entre os eixos dianteiro e traseiro (46%/54%), a estrutura mais rígida e a qualidade de construção do carro resultam o centro de gravidade e o equilíbrio excelentes. A direção direta tem reações mais rápidas, e o conjunto de freios Brembo conta com discos de carbono e cerâmica de última geração.
A F12 começa a ser vendida nas cores Rosso Berlinetta e Alumínio, por 270 mil euros na Europa. A produção do primeiro ano já foi encomendada… No primeiro trimestre chega aos EUA e em maio ao Brasil, ainda sem preço definido.
A F12 começa a ser vendida nas cores Rosso Berlinetta e Alumínio, por 270 mil euros na Europa. A produção do primeiro ano já foi encomendada… No primeiro trimestre chega aos EUA e em maio ao Brasil, ainda sem preço definido.
Por: Marcus Vinícius Gasques / Fonte: Revista Auto Esporte
Avaliação: Ferrari F12 Berlinetta 2013
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